Milena Loguercio

VOLTA ÀS AULAS – ADAPTAÇÃO ESCOLAR

Este é o início do terceiro ano escolar do meu filho.

Nos dois primeiros anos eu fui surpreendida por atitudes dele que demonstravam estar feliz em ir para a escola, desde o começo do ano.

Para a minha surpresa, mais uma vez, neste ano, que já não acreditava mais que passaria por isso, tive certa dificuldade em deixa-lo na escola.

Não que ele tenha entrado SEMPRE sem nem reclamar ou sem pedir para ficar em casa comigo, mas, não tinha feito isso tão no início e em dias seguidos.

Com minha cabeça de MÃE + PSICÓLOGA, fiquei pensando em algumas possibilidades que estivesse proporcionando este tipo de comportamento:

A-) Ele se deu conta de que a escola é um espaço além da brincadeira, embora seja divertido a maior parte do tempo, ela exige responsabilidades de ações, comportamentos, horários, atividades… que não são exigidos em casa com a mesma frequência;

B-) De alguma forma a minha gestação pode estar influenciando nessa vontade de ficar mais em casa, mesmo que ele não esteja demonstrando ciúmes.

Seja o que for, não é NADA FÁCIL você ter o seu filho chorando e dizendo: “mamãe, por favor, me deixa ficar aqui com você?”

“Mamãe, não me leva para a escola, quero ficar com você!”

Jesus, é de cortar o coração de qualquer mãe em mil pedacinhos.

No primeiro dia de aula, ele agarrava no pescoço do meu marido que foi quem entrou com ele na escola por que com essa história de gravidez, ando emotiva demais para isso!

Meu marido chegou a cometer um “erro” que na psicologia não permitimos; ele disse: “Filho, nós vamos lá, vamos ver os seus amigos e, se você não quiser ficar, nós voltamos”.

Eu chamei-o de lado e disse: “Não amor, nunca! Isso não! Ele vai ter que ficar, se estamos levando, não podemos voltar com ele, caso contrário, ele continuará insistindo por muito tempo”.

Como é difícil né? No trabalho eu vi isso a vida inteira e sempre mexeu comigo de uma forma muito diferente do que mexe agora, hoje, além de mãe, estou grávida, chorona, sensível… tudo me emociona! Ver uma criança agarrada na mãe e faltando implorar para que não vá, não a deixe alí, tem me dado nós na garganta imensos. Pensa se com meu filho isso não aconteceria? Lógico!

Mas, eu tenho agido como sempre pedi para as mães agirem: não volto atrás, se ele chegou na porta, irá ficar, mesmo chorando. É muito dolorido, só que a tendência é que deixemos esse período de sofrimento muito menos quando fazemos dessa forma: tanto momentâneo, como a longo prazo.

Quando os filhos nos percebem inseguros, eles estendem o sofrimento, choram e sofrem muito mais por que sentem que isso pode funcionar de alguma maneira ou até mesmo por questionar “qual é o problema para minha mãe/ pai estar tão inseguro em me deixar aqui!”.

No ano passado, fiz um texto, inclusive com vídeo, no qual dei algumas dicas sobre a Adaptação escolar. Se você estiver passando pela mesma dificuldade que estou, cabe recordar deste post para tentar diminuir a fase do sofrimento, tanto para a criança quanto para você.

FORÇA PARA NÓS!!!

Muitos beijos!!!