Milena Loguercio

COMPORTAMENTO INFANTIL: É UMA DAS POSSÍVEIS LINGUAGENS DAS CRIANÇAS

Vira e mexe, bato na tecla de que o comportamento nada mais é do que a ponta do Iceberg e que lá embaixo, escondido, está a verdadeira necessidade da criança.

Quando as pessoas se deparam com uma criança com comportamentos “socialmente não aceitos” (choros, escândalos, birras, etc) tendem a julgar os pais que por sua vez tendem a tomar providências no sentido de parar determinado comportamento.

A questão é que qualquer providência tomada sem entender a real necessidade da criança, não está de fato solucionando o problema, somente adiando.

Costumo ressaltar, para os pais que tenho oportunidade de atender em orientação, que a criança ainda não possui um repertório de linguagem muito abrangente, assim, muitas vezes recorre a uma de suas ferramentas primárias da “caixa de ferramentas” que recebeu quando chegou aqui na Terra e que naquela época funcionava muito bem “obrigada”: “o choro”.

A escuta, dos pais para o filho, nesse primeiro momento, é o que há de mais precioso para que possam aparecer possibilidades de atender a necessidade da criança que esteja gerando o comportamento negativo.

Você já se pegou agindo de alguma maneira que de repente se deu conta de: “por que estou fazendo isso?” ou “por que estou me sentindo assim” e de certa forma não ter a resposta pronta? E olha, você é adulto(a), com um vocabulário abrangente e mesmo assim, em algum momento, sente-se perdido com relação aos seus pensamentos, sentimento e comportamento.

Agora, imagine você uma criança chorando e não conseguindo explicar os motivos.

Com o comportamento eles estão se comunicando conosco. O comportamento “fala”, basta pararmos para analisar o “todo”. Muitas vezes, inseridos nas questões não temos total clareza do que está ocorrendo o que faz com que essa situação passe despercebido. Quando você estiver dentro de um cenário aparentemente desafiador, experimente parar, respirar, se concentrar e avaliar a situação como um todo.

Muito provavelmente você conseguirá entender o gatilho que deu o “start” em tal comportamento e junto com a criança encontrará uma solução.

Muitos Beijos!!!