Podemos até tentar manter a nossa vida sempre igual para não precisarmos lidar com a mudança ou com o novo. Mas o fato é que é impossível não existir o momento em que tenhamos que passar por ela.
É admirável o adulto ou a criança que tenha facilidade em lidar com as situações novas, que não se abalem com essa situação. Infelizmente, não é tão fácil encontrarmos uma criança com essa habilidade bem desenvolvida desde o princípio.
Na maioria das vezes, precisamos ajuda-las a desenvolver estratégias para lidar com esse momento sem tanto desgaste emocional.
Tenho abordado várias questões sobre adaptação escolar, mas são várias as situações novas que podem exigir uma adaptação por parte da criança:
- Mudança de escola;
- Mudança de casa;
- Mudança de cidade;
- Chegada de um irmãozinho;
- Divórcio dos pais;
- Morte de um parente;
Ao se deparar com alguma dessas ou outro tipo de mudança, algumas atitudes podem ajudar:
1-) PREPARAÇÃO:
Quando a mudança apareceu de repente, de surpresa; isso não é possível. Mas caso seja uma mudança programada, é bacana que haja uma preparação do que está por vir.
Usando linguagem apropriada para a idade da criança, dê uma breve explicação do que está para acontecer. Use exemplos e busque trazer para o concreto.
No caso de escola nova, você pode explicar da seguinte forma: “você vai para essa escola onde conhecerá uma nova professora e vários amiguinhos novos. A mamãe vai te levar, conhecer a professora, seus amigos e irá sempre te buscar para voltarmos para nossa casa.”
2-) FAÇA LINKS COM AQUILO QUE É FAMILIAR PARA A CRIANÇA:
Por exemplo! Essa escola é nova, mas caso seu filho já tenha estudado em outra escola antes, você pode dizer coisas que coincidam com o universo escolar que ele já tenha vivenciado na outra escola e possa vivenciar na escola atual para que ele relacione uma a outra e vá se familiarizando: “Você vai levar aquela lancheira do super herói “x” igual você levava na outra escola”; “você pode levar seu (brinquedo favorito) para mostrar para seus novos amiguinhos”…
3-) PACIÊNCIA:
Uma dose extra de paciência pode contribuir bastante para este momento. Lembre-se de que as necessidade de desenvolvimento de uma criança e a capacidade de aceitar a mudança é diferente do adulto e pode ser diferente para as próprias crianças em faixa etária distintas.
Para a crianças menores, a capacidade de lidar com os fatos abstratos é limitada justamente pelo seu imaturo desenvolvimento cognitivo. Assim, paciência é um elemento chave para te ajudar a facilitar a aceitação do seu filho.
4-) REGRESSÃO É NATURAL EM TEMPOS DE MUDANÇA:
É esperado que a criança regrida em alguns comportamentos. Ao ter que lidar com mudanças bruscas, é natural que alguns comportamentos como “escapar o xixi”, pedir chupeta ou mamadeira (mesmo já não usando mais), fazer “manhas” ou birras, aumentar os choros, enfim…
Nesse momento, te convido para reativar o item da dica anterior: mais paciência! Lembre-se de que é uma fase.
5-) MANTENHA A ROTINA MAIS À RISCA QUE PUDER:
Volto a bater na tecla que venho insistindo muito com quem me acompanha! Rotina para lidar com mudanças é um ótimo aliado. Assim você preserva todos os outros fatores: sono, alimentação, cuidados pessoais, atividades extras de costume (natação, ballet, futebol, fono, psicóloga, etc); a criança recebe a menor quantidade de fator surpresa o que facilita a sua adaptação as mudanças que estão acontecendo e são inevitáveis.
Sobre a rotina, eu deixarei outros posts e vídeos onde ressalto a importância e ensino como trabalhar com a criança para não existir o estresse diário para mantê-la:
Tem alguma dúvida? Me escreva! contato@milenaloguercio.com.br
Muitos Beijos!!!