Milena Loguercio

MEDO DE ENCARAR O SEGUNDO FILHO?

Código 002 - Look completo: Macacão marinheiro em algodão + Manta algodão

Nos surpreendemos o tempo inteiro com as diferenças de um filho para o outro. Diferenças que vêm desde a gestação e perdurarão para o decorrer de uma vida.

Há um tempo atrás eu havia lido que o segundo filho é um “sobrevivente”. Na época, pensei: “que maneira estranha de encarar a chegada do segundo filho”. Hoje, com a experiência acontecendo diariamente na minha frente, acredito que não tenha sido exagero tal expressão.

Na realidade, nós pais, tentamos igualar tudo o que foi feito para o primeiro, e aqui em casa não fora diferente. Porém, alguns cuidados que fazemos MUITA questão de tomar na chagada do primeiro filho (e olha que nunca fui dessas mães tão encanada com cuidados, mas sempre busquei um bom senso), no segundo filho temos um obstáculo maior para implantar tais cuidados: O PRIMEIRO FILHO.

Pensa! Quem é que chegava da escola, em meio a um monte de crianças, em época de gripes (como H1N1) comendo solta e mesmo assim corria para abraçar e beijar o bebê??? Pois é! Por mais que tenhamos cuidado, tentamos evitar, pedimos que lave rostos e mãos ao chegar em casa… sabe como é né… vez ou outra, acontece! Isso é somente uma das coisas que ocorrem para que eu possa confirmar o clichê: “segundo filho é um sobrevivente”!!! Rsrsrsrsrs…

Ao mesmo tempo, preciso muito contar uma coisa MUITO ANIMADORA para quem pensa em ter o segundo filho mas ao mesmo tempo MORRE DE MEDO de encarar o INÍCIO da maternidade novamente. Bom, posso dizer como foi comigo.

Quando o Felipe nasceu eu tive muita dificuldade com a adaptação nos primeiros  03 meses, para ser bem específica. A dependência absoluta do bebê; o colo que precisamos dar o tempo inteiro; a mudança de vida onde deixamos de ser um CASAL e viramos uma FAMÍLIA; as cólicas; a dificuldade de implantar uma rotina; os medos e receios com a saúde e cuidados com o bebê; a relação de Milena MÃE x Milena MULHER; a privação do sono (o Felipe foi um bebê que acordava várias vezes no decorrer da noite, no mínimo umas 03, mas chegava a acordar até 05 e em casos mais extremos, 06 vezes)… foram questões que me dificultaram bastante curtir os primeiros meses do meu bebê. Baseado em tudo o que vivenciei, fiz o texto do post: Pós-parto: 10-coisas-que-quero-dividir-com-você.

Na chegada do segundo filho, o impacto é muito menor. Falando por mim, não houve impacto! Rs. Hoje eu brinco com as minhas amigas: “TODO MUNDO DEVERIA TER O SEGUNDO FILHO ANTES DO PRIMEIRO”. Claro que sei que não é algo possível, mas, aquele “conselho de mãe” de que “o segundo filho é MUITO MAIS FÁCIL”. E que eu, particularmente, sempre encarei como um convite para “mergulhar na piscina gelada” do tipo: “Vem que está quentinha”. Posso dizer que não, É REAL!!!! ACREDITE!!! Se você ainda não quis encarar um segundo filho simplesmente por MEDO, não o tenha!

Conseguimos fazer da chegada do bebê muito mais leve do que da primeira vez.

Primeiro por que temos a experiência VIVIDA e não mais “aconselhada” do que funciona ou não funciona. Do que acertamos e do que erramos na primeira vez e podemos manter o certo e corrigir o errado;

Segundo por que nossa família já se configurou na existência de uma criança que exige um novo ritmo de vida, planos para ela. Não ficaremos mais na noitada “todos os finais de semana”, por exemplo. Vez ou outra dá, é saudável, podemos deixar com avós e passear, mas já não era mais sempre, já nos adaptamos, não existe mais uma mudança tão grande no nosso estilo de vida;

Terceiro: já percebemos que a chegada de um membro na família exige uma nova adaptação. É como se “a poeira levantasse”, mas hoje, temos a maturidade de saber que existe um prazo para que essa poeira volte a abaixar. Assim como nossa relação MÃE x MULHER. Haverá um momento em que voltaremos a nos sentir bonita, desejada, vaidosa… etc… Passa, tudo passa, passou da primeira vez, lembra?!

Quarto: Já temos a consciência de que NÃO ADIANTARÁ NADA TENTAR SER A SUPER MÃE + MULHER + DONA DE CASA + ESPOSA + + + +… Só nos frustraremos, assim, escolhemos o que é prioridade e vamos abrindo mão de dar conta de TUDO AO MESMO TEMPO.

Quinto: aprendemos a respeitar nosso momento. Se é possível fazer, fazemos; se é possível receber a visita, recebemos; se é possível dormir a tarde, dormimos; se é possível tomar banho, tomamos; e nas POSSIBILIDADES vamos nos respeitando.

Claro que continuamos errando em várias coisas, ser mãe continuará sendo um aprendizado diário, mas posso te garantir que o PESO dos nossos erros também são menores no nosso próprio julgamento.

Espero que você também possa deixar seu medo de lado e se permitir a confirmar o clichê e concluir: AINDA BEM QUE EU PERMITI A CHEGADA DESSE FILHO AMADO!!!

Muitos Beijos!!!