Milena Loguercio

CONEXÃO, O INÍCIO DA EDUCAÇÃO

Eu vivo falando sobre essa palavra nas minhas explicações sobre educação infantil. Vira e mexe eu ouço uma pergunta: “como assim?”

Pois bem, a conexão no literal, significa: UNIÃO, VÍNCULO, LIGAÇÃO.

Vamos fazer uma viagem no tempo?

Qual foi a matéria que você se recorda ter tido mais facilidade lá na época da escola?

Se eu te contar a minha experiência, essas matérias geralmente estava associadas aos professores com quem eu mais me identificava, mais tinha vínculo. Ter esse vínculo nos traz uma facilidade maior no aprendizado. Aprender se torna mais prazeroso.

Onde existe AMOR, as trocas são mais intensas.

Quando como pais entendemos esse processo, ensinar a comportar-se de acordo com os limites tanto em casa quanto socialmente se torna algo intrínseco, ou seja, a criança se apropria daquilo para a vida e não mais só por que você está fiscalizando e punindo.

A criança precisa entender que alguns comportamentos que são solicitados dela são importante para os pais, para si mesma e para a sociedade.

Quando você aprendeu a matéria, a profissão, o cargo ou uma simples receita, como você escolheu aprender aquilo? Certamente com respeito, com alguém que olhava nos seus olhos, com alguém que demonstrava vontade de ensinar, alguém que não hostilizava quando você tinha qualquer dúvida.

Por muitos anos, replicamos o que era chamado de educação, sem grandes questionamentos. E quando fazemos isso, cometemos algumas atitudes que não sabemos nem se são de fato necessárias ou importantes.

Meu convite é para que você pare para refletir as suas ações e os seus objetivos elas. Por exemplo, você está criando os filhos com quais objetivos? Você já parou para pensar nisso?

Um dos grandes desafios que levo comigo é fazer com que os pais enxerguem que estão criando seus filhos para além da profissão. Quais seus objetivos para seu filho enquanto um SER HUMANO e não um profissional?

Pensando nesses objetivos, suas ações estão de acordo com o que você deseja para ele? Por que ouço de muitos pais o desejo de FILHOS FELIZES. Às vezes escuto inclusive de pais que quando eu pergunto: “Ok, e o que TE FAZ FELIZ?” Na sequência, o que você precisa ver no seu filho para entender que atingiu o seu objetivo, ou seja, o que seria um “FILHO FELIZ?”

Certamente, um filho que recebe gritos, xingamentos, castigos, tapas por errar enquanto caminha nessa jornada de aprendizados, contradiz o que estamos buscando nesse objetivo: “FELICIDADE”.

Quando falamos em se CONECTAR COM SEU FILHO é um caminho lindo a ser percorrido. Você irá perceber que quando atinge esse vínculo, seu filho se preocupa com você. O simples fato de saber que “minha mãe ou meu pai ficará chateada(o)” é o suficiente para que ele faça novas escolhas.

Se você não tem essa conexão bem estabelecida, o fato de você falar para ele: “assim você me chateia” não muda em nada o comportamento dele.

As estratégias para conexão são:

A conexão é construída no alicerce do AMOR, RESPEITO e EMPATIA.

Você vai demonstrar para seu filho que você o enxerga. E enxerga nos momentos BONS. Não é o ciclo em que a roda gira em muitas casas, perceba de que lado a roda das relações familiares da sua casa estão girando: Lado dos comportamentos desejados x lado dos comportamentos indesejados.

Para reverter a roda, os filhos necessitam da SUA PRESENÇA, ATENÇÃO.

Da muito trabalho preventivo, evita o trabalho corretivo.

Há um trabalho em conjunto, as crianças participam dessa produção da educação de maneira ativa.

VALIDE o sentimento do seu filho, isso cria um canal de confiança para que a criança se abra com você e aumente ainda mais a conexão.

Quando você cria filhos contando que o MEDO irá solucionar os comportamentos indesejados, você na realidade está educando-o para se comportar na SUA FRENTE.

Quando você cria filhos contando que AMOR, RESPEITO, EMPATIA irão solucionar, você constrói uma autodisciplina. Não precisa ter mais ninguém com essa pessoa para que ela tenha consciência do que é BOM ou RUIM para si.

Muitos Beijos!!!