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LUTO PELA PERDA DE UM BEBÊ

Não sei se você já teve a oportunidade de conhecer a minha história ou esse post é o primeiro contato que faz comigo. O fato é que eu vivi algumas perdas gestacionais e enquanto isso ocorria na minha vida, a sensação que eu tinha era de que eu despencava num poço sem fim e que nunca mais um pararia de cair. A cada perda, essa sensação tornava-se ainda mais intensa. 

Então, entendi a importância de vivenciarmos um processo de luto “bem vivido” e o quanto isso influencia no nosso comportamento futuro.

Mas você sabe o que é o LUTO?

LUTO refere-se a todo e qualquer sentimento que você possa ter quando perde alguém que seja próximo a você:

– Não conseguir acreditar que não tem mais essa pessoa, 

– A vontade de gritar, berrar, chorar,

– A vontade de encontrar “culpados”,

– A vontade de se enfiar debaixo das cobertas e permanecer por lá sem hora para sair.

Chega um ponto em que parece que não iremos suportar o que estamos sentindo. Há um misto de tristeza, depressão, raiva, culpa; é possível, inclusive, que baixe a sua imunidade, fazendo com que seu organismo fique mais suscetível a doenças, dores, falta de concentração e tudo isso faz parte do que chamamos de processo de luto. 

Quando um bebê morre, seja por aborto espontâneo, natimorto ou após o nascimento; morre com ele a esperança de uma família. 

Aborto espontâneo é quando um bebê morre no útero até a 20ª semana. Quando o bebê morre dentro do útero, a partir da 20ª semana, o nome dado é natimorto. Nomes a parte, é o sonho de uma pessoa de segurar esse bebê no colo e vê-lo crescer é que se desfaz naquele momento. 

Muito do que vocês planejaram e estavam lutando para que acontecesse, está perdido. Isso pode deixar um imenso espaço vazio dentro de você que pode demorar muito para ser preenchido ou curado. 

A morte de um bebê é uma das coisas mais dolorosas que pode acontecer a uma família, o que pode levar muito tempo para ser superada. Ouso dizer que em muitos casos essa morte pode nunca mais ser superada. 

Você pode sofrer por muito tempo ou a vida inteira por essa perda, não há um tempo certo para que esse luto aconteça. 

Com o passar do tempo, sua dor diminui. Você pode criar um novo significado no seu coração e/ou mente para essas memórias. Leve o tempo que for preciso, não se cobre! Com o tempo, você pode encontrar a paz e ficar pronta para pensar no futuro novamente. 

QUEM PODE TE AJUDAR A LIDAR COM O LUTO?

Falar sobre seu bebê, os planos que vocês perderam, seus sentimentos com relação à perda; podem ser úteis e reconfortante. Claro que você pode conversar com seus parceiros, amigos e família. 

Mas uma coisa que notei ao longo desses anos “pós” perda é que normalmente esse caminho é bastante solitário ou, quando compartilhado, muitas vezes a mãe que perdeu se frustra com vários tipos de comentários que escuta ao redor. 

Como psicóloga, venho atendendo essas mulheres no processo de luto, conduzindo para que seja um caminho abreviado e ressignificado de uma maneira saudável para que não venha a deixar resquícios que venham a afetar as próximas tentativas gestacionais. 

Engravidar novamente, após uma perda gestacional é muito desafiador. Se tudo correr na mais bela maravilha, a gestante já tem que lidar com o fantasma da perda anterior. Emocionalmente falando, é uma carga que precisa ser diluída para que não pese sobre a nova história em diversos aspectos. 

Desde que perdi minhas gestações, venho aprimorando meus conhecimentos para ajudar mulheres a gerarem de maneira saudável psíquica e fisicamente os seus bebês. 

O QUE POSSO FAZER PARA SUPERAR?

Muitas vezes, nosso cérebro necessita de um marco para as situações para que possamos lidar de uma maneira melhor com algo que nos causa algum tipo de dor emocional. 

Nesse caso, posso deixar algumas dicas para contribuir nesse simbolismo e evoluir nesse processo de luto. 

Mesmo sem ter tido a chance de conhecer seu bebê, você pode promover significados especiais para lembrar dele:

  • Guardar itens significativos da gestação como: ultrassom, a pulseira do hospital, uma roupinha, cobertor ou brinquedo que tenha sido comprado pensando nele; você pode colocar numa caixa que tenha construído especialmente para essa ocasião ou, se você for como eu, pode ter fotos de cada coisa, montadas num álbum diagramado dedicado a esse filho. Esse tipo de lembrança pode te ajudar a manter e honrar a lembrança desse filho;
  • Caso a perda tenha ocorrido num determinado tempo que dê a chance de um funeral. Não dispense a cerimônia. Muitas vezes esses ritos de passagem são marcos importantes para superação de processos. Dizer adeus ao bebê, compartilhar dessa dor com a família e amigos mais próximos, são ações que tendem a contribuir;
  • Escrever sobre seus pensamentos e sentimentos num diário ou numa carta que você possa oferecer ao seu bebê, pode ajudar bastante também. Conte a esse bebê o que você sente e quanta falta sente dele. 
  • Caso você tenha um traço mais artístico, vale desenvolver algo mais voltado para a arte para dedicar a esse filho que não está mais presente. 
  • Acender uma vela, fazer orações em datas que marcaram e são significativas para vocês de alguma maneira: quando descobriu a gestação, quando seria a data prevista para o parto, nos aniversários desse filho… 
  • Leia livros ou ouça músicas que tendem a te confortar nesse momento;
  • Plantar uma árvore em algum jardim em que você sempre esteja, em homenagem a esse bebê, pode ser uma forma de ter algo que represente a ligação entre vocês;
  • Uma jóia, com as iniciais do nome da criança, por exemplo, também pode ser uma linda representação;
  •  
Ações como as descritas acima podem contribuir para que você reorganize os pensamentos e sentimentos. Atribua um novo modo de enxergar a situação e liberte-se dos sentimentos mais fortes que possam atrapalhar nas suas escolhas e ações futuras.
 
Você não precisa passar por esse momento sozinha: 
 

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Muitos Beijos!!!

No vídeo conto os detalhes sobre a minha PRIMEIRA PERDA GESTACIONAL. 

PRIMEIRA PERDA GESTACIONAL:

Contei em detalhes a minha primeira perda gestacional, nesse post.

No post ao lado, contei em detalhes TUDO sobre a minha gestação até perda gestacional. 

Foi um embrião que não evoluiu, não chegou a bater o coração. De todas as perdas que eu vivenciei, a mais sofrida! Por que eu não esperava. Embora eu tenha sofrido um bocado em todas elas, dessa vez eu não fazia ideia que eu passaria por isso em toda a vida. 

O QUE ACONTECE DEPOIS DE UM ABORTO RETIDO?

Vídeo onde conto detalhes sobre a minha PRIMEIRA perda gestacional.

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"Seu filho é seu SER MAIS PRECIOSO, e o que você tem feito para o futuro dele?"

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